Capital e cidades do interior baiano também seguem paralisação nacional desta quinta-feira (30)

Esta quinta-feira (30) foi marcada por manifestações e paralisação das instituições educacionais por quase todo o país. Na verdade esta é a segunda paralisação da Educação a nível nacional em 2019. A primeira ocorreu no dia 15 de maio, também pelo mesmo motivo: corte de 30% do orçamento da educação pelo governo Jair Bolsonaro (PSL).

Fotos: Nilcley Santos/ Guto Santos (Rede de Estudantes Ninja/Mídia Ninja) e Laura Ferreira

Na Bahia, nos territórios do Sisal e Bacia do Jacuípe, além das grandes cidades de Feira de Santana e Salvador houveram também paralisações nas escolas municipais, estaduais, e universidades. A Polícia Militar da Bahia ainda não informou, aproximadamente, quantas pessoas foram às ruas na capital e em todo o estado nesta quinta-feira (30).

Embora o evento tenha sido, inicialmente, convocado pela UNE (União Nacional do Estudantes) e com a adesão da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), em cidades do interior baiano, como Riachão do Jacuípe, Serrinha e Conceição do Coité tiveram a articulação de Sindicatos como a  APLB, movimentos sociais e demais setores organizados, bem como, universidades baianas, a exemplo da  UNEB (Universidade do Estado da Bahia) que também vem sofrendo contingenciamentos do governo do estado, Rui Costa (PT).

“Há, além disso, o sucateamento das uebas, sobretudo da UNEB, por isso, apoiamos os motivos dos professores sim, mas também temos as nossas demandas a serem atendidas, disse o estudante de História da UNEB- Conceição do Coité, Nilcley Santos Rocha, justificando sua adesão à greve das Uebas.

As manifestações, em sua maioria, ocorreram em quase todo o Brasil durante a manhã. Mas em Juazeiro, extremo Norte da Bahia, o protesto contra os cortes na educação aconteceu por volta da 15h30  em diante. “Todos juntos contra os cortes pelo governo da Bahia nas universidades e contra o ataque aos direitos trabalhistas dos docentes”, convocava mais cedo pelo facebook,  a professora e coordenadora do curso de Jornalismo da UNEB-Juazeiro, Andréa Santos.

Riachão do Jacuípe, Conceição do Coité e Serrinha também se manifestaram

As cidades de Serrinha e Conceição do Coité se unificaram e realizaram uma única manifestação em Serrinha. Em Riachão do Jacuípe, a APLB-Sindicato e o SINSPUM- Sindicato dos Servidores Públicos Municipais convocaram as categorias, professores e demais servidores da Educação para participarem. Com poucas pessoas nas ruas, as sindicalistas se posicionaram:

“Infelizmente ainda vemos muitos servidores da educação que se manifestam apenas pelas redes sociais e não vêm para as ruas, disse Maria Rios, do SINSPUM, enfatizando que o Sindicato convocou os servidores por vários meios de comunicação.

Jucelma Santos da APLB, em comunhão com a fala de Maria Rios, também falou da inércia dos profissionais da educação que não participam: “Esperamos que depois dessa, a sociedade seja motivada, entenda o desmonte que está acontecendo e venha participar com a gente dessa luta que não é só do professor, mas do alunado, que não é apenas da Educação, mas de todo o povo brasileiro, concluiu.

Maria Rios/SINSPUM e Jucelma Santos/APLB

Em Riachão, o evento terminou em frente a Câmara Municipal de Vereadores, a Casa da Cidadania não realizou expediente nesta quinta atendendo à convocação dos Sindicatos, mesmo assim, a maioria dos vereadores aproveitaram para fazer outras atividades, apenas três vereadores estavam presentes e apoiaram a luta de estudantes e professores. 

Por Laura Ferreira

Jornalista na Imprensa Cheque