Paralisação contra cortes na Educação está prevista para amanhã em todo o Brasil

Manifestação do dia 15 de maio em Porto Alegre (Foto: Reprodução/GaúchaZH)

A Paralisação Nacional tem a iniciativa da UNE (União Nacional dos Estudantes) com a adesão da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), e a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG). Juntos estão convocando a população para o Segundo Dia Nacional em Defesa da Educação, nesta quinta-feira, amanhã, 30 de maio. A pauta central das reivindicações será, mais uma vez, o repúdio ao corte de 30% do orçamento da Educação pelo governo de Jair Bolsonaro-PSL.

Além da adesão das universidades brasileiras (estaduais e federais) terão o apoio de muitos partidos de oposição ao governo, movimentos sociais e estudantes em todo o país. Em muitas capitais brasileiras, a paralisação contra os recentes cortes na educação estão pautando ainda protestos contra a Reforma da Previdência.

Bahia

Na Bahia a APLB-Sindicato, movimentos sociais, universidades estaduais e federais, e também partidos de oposição se articulam para o apoio à paralisação dos estudantes – na capital e no interior. Além das movimentações por toda a Bahia as manifestações provocadas pela APLB-Sindicato conta com a participação das escolas e movimentos sociais urbanos e rurais. As escolas estaduais e municipais e seus educadores apoiam e recomendam a liberação dos estudantes para acompanharem a manifestação desta quinta-feira (30). Cidades como Feira de Santana, Vitória da Conquista, Ilhéus, Barreiras, bem como, as grandes capitais nordestinas já sinalizaram o apoio à paralisação do dia 30 de maio.

Riachão do Jacuípe

Em Riachão do Jacuípe, cidade do Território da Bacia do Jacuípe, também está se organizando o apoio à Paralisação de amanhã. Hoje, pela manhã, no Programa da Rádio Baiana FM, em Riachão do Jacuípe, Rodrigo Martins, presidente da APLB da cidade baiana de Belmonte, juntamente com a representante da APLB –Sindicato de Riachão, Jucelma Santos falaram sobre as expectativas e razões para o protesto desta quinta-feira, (30) em Riachão do Jacuípe.

 Jucelma Santos, representante da APLB de Riachão

“Falar em greve e lutas sociais não é fácil, em especial com um governo de extrema direita que temos e que não entende as lutas sociais como necessárias para o nosso desenvolvimento. Os trabalhadores estão sendo prejudicados pelos poderes públicos: sejam municipais, estaduais e federal. Em especial a previdência que traz sérias perdas para os trabalhadores. Não somos contra a Reforma, mas ao texto que o governo está propondo”, disse Rodrigo.

Rodrigo Martins, presidente da APLB de Belmonte

Sobre os cortes e recentes medidas do governador da Bahia, Rui Costa, Rodrigo respondeu que o que vem acontecendo com as universidades baianas, em especial, com a UNEB, também não está certo. Para Carol Silva, estudante da UNEB- Campus Jacobina, amanhã deverá haver também protestos contra os contingenciamentos do governo Rui Costa à UNEB. “É mais do que justo nos unirmos aos professores, o governo do estado está prejudicando toda a categoria, estudantes, professores e à toda comunidade que depende da produção do conhecimento, frisou a estudante de letras vernáculas da UNEB-Campus Jacobina.

A professora, Jucelma Santos finalizou a entrevista na Baiana- FM convocando toda a comunidade para o evento amanhã, que sairá do Colégio Nossa Senhora da Conceição (ao lado do Palco Fixo) e percorrerá as ruas da cidade. Em toda a Bahia, principalmente, onde há Campus da UNEB, haverá apoio à grande paralisação nacional. Do extremo sul ao extremo norte baiano (Campus IV- Juazeiro) acontecem manifestações e paralisações das instituições superiores.

Por Laura Ferreira

Jornalista na Imprensa Cheque