Manezinho sambando com Samba de roda da Chapada
Foto: Evandro Matos (ARQUIVO)
Se aqui estivesse faria nesta quarta-feira (30) 92 anos o mais
afamado sambador de roda da região sisaleira, Manezin
e/ou
Manezinho de Isaias. Autor de chulas e quadras que ainda hoje é cantada por
muitos de seus contemporâneos e pelos brasileiros através da canção que virou um “clássico” do
carnaval baiano (Quixabeira).
“Manezinho sambava porque ele e o samba eram inseparáveis.
Por onde sambava fazia amigos e discípulos”,
lembra a sua filha Juce Santos.
Zé Pequeno da Chapada é considerado o seu
maior discípulo (termo muito usado por eles) segundo o próprio, acompanhava o sambador até que um dia
aprendeu com o mestre:
“Ele foi o maior
sambador de nossa região, sabia usar as
palavras e fazer quadra de improviso e tinha uma forma diferente de furtar no
samba (ensina o aprendiz em outra passagem do documentário “Sou eu Mané de
Isaías) até que um dia aprendi e eu que não sou besta comecei a furtar também”, (risos) lembrou Pequeno.
Além deste, muitos outros relatos são apresentados no
documentário “Sou eu Mané de Isaias”,
produzido pela jornalista Laura Ferreira. Poucos são os depoentes que ainda
estão vivos. O curioso é que houve uma sequência de mortes após a partida de Manezinho.
Depois de Mané foi Zele do Mocó, Mosquito
do Candeal, Seu Armando e outros.
“A gente até pensa que ele
foi chamando os amigos para sambarem com ele no céu”, comentou a matriarca e companheira de Manezinho, dona Izaura que aos 94 anos mantém o amor pelo
samba e por seu sambador preferido: “bom marido,
pai e sambador”, completou saudosa.
De acordo com o
jornalista Josias Pires (um dos mediadores para o reconhecimento da chula “Quixabeira”
de co-autoria de Manezinho) Carlinhos Brow, o
primeiro a anunciar a chula de Manezinho para o mundo,
aceitou no primeiro contato acordo e reconheceu os créditos ao sambador. Isso também é relatado no documentário.
A música em questão é Quixabeira, adaptada por Brow e gravada pelo próprio e
mais: Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Betânia,
Gilberto Gil, Banda Cheiro de Amor e
muitos outros. Mané foi considerado co-autor porque é de sua autoria a chula
que completa Quixabeira: “Vinha de viagem passei no Barreiros”. Sem falar que
ele cunha na própria chula o seu nome, tirando qualquer margem de dúvidas.
Embora não podemos celebrar
s 92 anos de vida de Mané, presenteamos em sua
memória os seus seguidores com o documentário “Sou eu Mané de Isaias”. Confiram
em nosso canal: https://youtu.be/dwWAmvEm4QA
Da
redação- Imprensa Cheque
Manezinho de Isaias completaria 92 anos nesta quarta-feira (31)
Reviewed by Imprensa Cheque
on
outubro 30, 2019
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essa musica era a cara da carla visi pois foi lançamento e fez sucesso na epoca dela no cheiro nos 90s tanto que quando houve um show de homenagem a banda e cada cantor tinha que ir com uma faixa a dela foi claro quixabeira
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