Oficinas de vídeo, edição e fotografia superam expectativas de adolescentes e oficineiros

"Fotografar é escrever com a luz" , inicia o fotojornalista  Alvaro Luiz, após se apresentar para ministrar a oficina de fotografia, seguida das de produção e edição de vídeo neste domingo (1) no Colégio Maria Dagmar de Miranda, em Riachão do Jacuípe, na Bacia do Jacuípe.

Após explicações sobre luz, enquadramento, ângulo, planos e outros aspectos da fotografia os jornalistas do IRPAA Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada Alvaro e Gisele Ramos dinamizaram ainda mais a oficina de fotografia, mesclando teoria e prática com musica.

Hora de Clicar

De celular na mão,  cada um foi em busca do clique perfeito. O jardim do Colégio Maria Dagmar de Miranda foi o espaço mais fotografado. Os aprendizes, embora livres pra clicar contaram o tempo todo com os profíssionais  em caso de dúvidas.

Produção de vídeo: trabalho em equipe destacou o protagonismo dos meninos e meninas do Alto do Cruzeiro

A criatividade de cada produção evidenciou as potencialidades individuais.

Antes do intervalo para o almoço, a jornalista Naiara Soares falou sobre a necessidade deles saírem para o almoço com o tema do vídeo decidido pelas equipes e os recortes que fariam com início, meio e finalização. 

"Contamos com três etapas básicas: pré-produção, produção e conclusão com a edição, explicou Soares contando com a ajuda da jornalista Gisele que dividiu os grupos para escolherem o tema de seus vídeos.

"Tema escolhido, a pré- produção contará com roteiro para captação de áudio e imagens", lembra Gisele ensinando a cada grupo como fazer um roteiro de produção ficando para depois do almoço a conclusão deles para enfim começarem as gravações.

"Pelas idéias lançadas em cada grupo, teremos bons resultados", preveu a jornalista Naiara Soares durante o almoço.

As oficinas

As oficinas integram a primeira etapa do Projeto da "Rua do Fogo ao berço do Rio", coordenado pelo Coletivo de Comunicação Imprensa Cheque e acolhido pela comunidade através da associação do bairro e demais moradores e agentes culturais.

"O projeto teve a nossa elaboração, mas desde sempre teve o conssentimento da comunidade. Depois de apresentado e aprovado por eles, que já tínham vínculo com o nosso trabalho desde a produção de "Rua do Fogo", demos início a organização das oficinas. O apoio da comunidade fez toda a diferença,  lembrou a jornalista, Laura Ferreira.

Retorno, hora de produzir

De volta, os meninos e meninas do Alto tiraram dúvidas sobre seus roteiros e saíram para produzir. Um grupo com mais de 8 integrantes retornou à comunidade para gravar no berço do rio, onde o Jacuípe corta o bairro sugerindo mais preservação pela comunidade e iniciativas revitalizantes de suas margens, foi o que propôs a produção desta equipe.

As demais gravaram no interior do Maria Dagmar de Miranda.

Edição

Ao retornar com as gravaçoes todos em volta de seus editores escolhidos deram início à escolha das imagens e junção delas com o áudio. "Ei, você viu Gisele?

Nos corredores era o nome mais requisitado para destravar dúvidas no processo de edição. Enquanto isso, Alvaro e Naiara monitoravam os demais repeitando o processo criativo deles.

Apresentação dos videos: hora de compartilhar

Com exceção  da pipoca, não faltaram aplausos, depoimentos , desabafos, e muita emoção ao constatarem superação e muita criatividade em seus vídeos exibidos em tela grande no Auditório do Dagmar.

"Eu não preciso de você o mundo é grande e o destino me espera não é você  que vai me dá na primavera as flores lindas que sonhei no meu verão", recitou Alvaro, lembrando o quanto podem e são capazes os meninos e meninas do Alto e demais presentes, que emocionados compartilharam seus aprendizados de todo um dia.

"Debatemos muito até chegarmos a uma decisão sobre o nosso tema e agora vendo o resultado percebo o quanto tudo valeu a pena", avaliou Clara Louise.

A mudança de local para as oficinas no domingo

Faltando apenas um dia para o evento a coordenação foi informada por telefone que o município não cederia mais o espaço. Sensível com a situação o ex secretário municipal de Educação, professor e atual diretor do Maria Dagmar , Juscemar da Costa (Dedel) prontamente cedeu a escola.

Com o apoio e incentivo do Instituto Cultural Iracema Sampaio, em especial nas pessoas das professoras Gilda Helena, José Avelange, Gilmara Souza, Ana Rita, Dr Mauro, Jair Rossou e demais integrantes a mensagem chegou até Dedeu:

 "Laura pega a chave com pró Bete e o que mais necessitar me liga, comunicou o ex secretário por telefone, pois não estava na cidade no último fim de semana.

"Estar no ambiente onde vivemos, nos deixa mais à vontade para experimentar, para ousar. Com certeza a turma teria usado bem o espaço da comunidade para as produções. No entanto, acredito que agora a turma está com muita vontade de produzir e ficou com sede por não poder estar no bairro. Acredito que no final das contas não estar no bairro aumentou a vontade da turma em fazer comunicação de posicionamento contra a opressão" , avalia o jornalista, Alvaro Luis.

O projeto segue em frente

O projeto propõe ainda, com mais profundidade, em sua fase final,  contribuir positivamente na relação dos jovens e adolescentes com as mídias sociais.

Outro viés é promover o empoderamento, também das suas memórias e história,  e assim fortalecer as identidades.

O projeto segue, segundo sua coordenação, agradecendo à toda comunidade jacuipense. E, claro aos comunicadores/jormalistas  do IRPAA , Alvaro Luis e Gisele Ramos bem como à jornalista, (Globo) Naiara Soares pela mediação das oficinas gratuitamente.

Por Gilsimara Santos
Fotos: Eliete Cordeiro
Vitor Menezes e IRPAA