EXCLUSIVO: Presidente Gegê Magalhães fala de novos rumos para o Jacuipense

Gegê Magalhães : Diretor Executivo da Salvador Produções e Presidente da Jacuipense

Nesta quarta-feira (24), a equipe Imprensa Cheque entrou em contato com Geraldo Gentil Magalhães Pinto (Gegê Magalhães) para uma entrevista. Gegê Magalhães, além de ser presidente da Jacuipense desde janeiro de 2019 é também Diretor Executivo da Salvador Produções. Bastante feliz, o presidente disse ter saído de Riachão na segunda feira (22) depois da grande festa de comemoração. Em uma conversa descontraída com a a Jornalista Laura Ferreira, o presidente falou do foco que será mantido no título mas também da nova estrutura que o time e a Arena Valfredão irão precisar para os jogos da Série C: “Sem as devidas estruturas, jogos de alto nível que teremos na série C poderão nos acarretar problemas com a CBF”, diz Magalhães. 

Imprensa Cheque: Depois de conquistar a vaga na série C, quais os principais caminhos que o Jacuipense irá tomar? 

Gegê: Olha Laura, já fizemos história, o pensamento agora é sairmos dessa etapa como campeões. Ainda não pensamos em mudança de elenco nem contratações. Estamos pensando sim, em mesclar nosso time com os nossos jogadores, jovens de base, já que somos experientes em contar com nomes que vêm da nossa base. Vamos também manter todos os demais em nossa equipe. 

Imprensa Cheque: O técnico Janílson Veloso continua à frente do time até o final dessa etapa? 

Gegê Magalhães: Caso ele queira, lógico! A nossa intenção é mantê-lo sim, ele é um craque em mesclar jogadores da base com os demais. Sabe mexer no time nas horas certas. Além disso, vamos manter a nossa base com toda a equipe. 

Imprensa Cheque: Fale um pouco da contribuição de Felipe Salles (ex-presidente do Clube) e atual Presidente do Conselho Deliberativo da Jacuipense. 

Gegê Magalhães: Minha parceria com Felipe é salutar, ele tem uma experiência muito maior do que a minha em futebol, estamos mais com a parte empresarial e marketing. Além dele, temos uma equipe excelente, Wilson Kraychete, da Salvador Produções, Luciano Cortizo, e todos os demais formam um conjunto muito importante para o Jacuipense. Felipe foi muito fundamental para toda esta nossa conquista, foi trabalhando assim com todos eles, que conseguimos trazer estes resultados pra dentro do campo. 

Gegê e Felipe Salles em comemoração no domingo (21) pelo acesso à Série C

Imprensa Cheque: Vocês contam com jogadores conhecidos, atletas de fora e mais experientes que têm somado muito. Mas, explique melhor como funciona o investimento do time em jogadores de base. É possível fazer valer o poder de transformação social do futebol, investindo em atletas da própria Riachão do Jacuípe? Como seriam estes investimentos? Vocês têm alguma parceria com Escolinhas de Futebol de Riachão? 

Gegê Magalhães: Nossa base já conta com várias parcerias com Escolinhas por toda Salvador. Mas investimentos altos, a Salvador Produções tem feito mesmo em jogadores que têm empatia em jogar na Jacuipense, como Marcelo Nicácio e tantos outros. Mas temos muitos jogadores nossos de nossa base que hoje já despontaram para outras equipes nacionais e do mundo. 

Imprensa Cheque: (insistimos) Com essa tradição de anos atrás contar com jogadores de base, sendo isso mais intenso nos anos 90 até os anos 2000, com um elenco de jogadores naturais de Riachão, quais os projetos da Jacuipense para firmar parcerias com escolinhas de base já existentes na cidade de Riachão, a exemplo de Escolinhas de bairros como Jatobá, Ranchinho, Alto do Cruzeiro e outros que são celeiros de jovens que já saíram e, através da Jacuipense, ganharam o Brasil? 

Gegê Magalhães: Em nossa base do Jacuipense já temos a parceria com a Escolinha de Salvador, a Leão Grená e por toda a Salvador temos outras parcerias. Mas nada impede de fecharmos parcerias com Escolinhas de Riachão do Jacuípe. 

Imprensa Cheque: Em entrevista com o ex-presidente Felipe Sales, ele nos informou que o time não estava contando com qualquer apoio do poder público municipal, com você na presidência já houve alguma conversa da Diretoria com o gestor do município, Zé Filho? 

Gegê Magalhães: O prefeito nos procurou para saber o que iremos precisar daqui pra frente. De fato, ainda não tínhamos contado com este grande apoio. Mas acho que o prefeito já consegue visualizar a importância do Esporte Clube Jacuipense para a cidade e por isso, achamos que esta realidade tende a mudar em 2020. Porque se nós não tivermos uma adequação da Arena para o nosso mando de campo, pra ele receber os jogos de alto nível que teremos na série C, a gente pode vir a ter problemas com a CBF. Então cabe aí à Prefeitura, realmente, ver tudo que é exigido e deixar a nossa Arena Valfredão adequada para receber todos os jogos.

Imprensa Cheque: Ainda sobre estrutura e gramado da Arena Valfredão, vocês fazem alguma exigência à Prefeitura sobre a promoção de eventos no Estádio? 

Gegê Magalhães: Não temos nenhum problema com o entretenimento no Estádio, nós também trabalhamos com isso na Salvador Produções, inclusive realizamos eventos como o Forró do Piu Piu em locais assim. O que precisa é que a Prefeitura realize e adeque um calendário pra depois abrir o espaço para qualquer outro tipo de evento. Lógico que pensando sempre na condição do gramado, pois o Estádio foi feito pensando na prática do futebol. Então, desde que não atrapalhem o nosso mando de campo, não temos problema nenhum. 

Imprensa Cheque: A Jacuipense hoje treina e se concentra em Salvador, o que será feito do Centro Esportivo (antiga sede da Jacuipense)? 

Gegê Magalhães: A velha sede do Jacuipense hoje não tem condições de uso. A gente precisa realmente fazer um investimento grande nela, com muitas mudanças pra poder voltar a trabalhar nela. Para servir até de alojamento para o time aí em Riachão. Podemos tentar ver aí uma parceria com empresários locais, comércio e prefeitura pra ver se a gente consegue fazer essas modificações para 2020. Assim que terminar este campeonato da Série D precisamos pensar nisso. 

Bem solícito, Gegê Magalhães agradeceu à entrevista e toda a equipe composta por estudantes da UNEB. 

Por Laura Ferreira

Coordenadora de Jornalismo na Imprensa Cheque